Diversos fatores podem contribuir para o emprego de tecnologias na Educação, seja esta presencial ou online. O custo certamente é um deles. Neste caso, precisamos pensar em custo de forma mais ampla: custo do dispositivo, custo de elaboração do material, custos de manutenção, atualização e expansão, entre outros possíveis custos. Outros fatores são facilidade de uso e desenvolvimento. Ainda posso adicionar a curva de aprendizagem, atração do material, a disponibildade do recurso. Enfim, muitos fatores.
Um notebook simples há 5 ou 6 anos custava aproximadamente R$ 4000,00. Era difícil encontrar lojas, especialmente livrarias ou mercados, para comprar o produto. No Rio de Janeiro, uma forma de pesquisar preços e lojas era o caderno de informática do Jornal Globo, que era publicado às segunda-feiras. Hoje a situação mudou. Em alguns mercados situados em shopping centers, é possível encontrar maior variedade de notebooks que de feijão. O preço também já não é tão proibitivo.
A capacidade de armazenamento, o poder de processamento e os recursos cresceram. Uma nova categoria surgiu: os netbooks, que ganhou espaço e atriu muitos interesses.
Exemplificando a questão da relação preço-populatização podemos citar os telefones celulares. Hoje é difícil alguém comprar um celular sem câmera, já que a diferença de preço é muito pequena. A queda no preço dos celulares fez com que hoje o Brasil tenha mais celulares em uso que habitantes. O interesse aqui não é discutir finanças, mas importante lembrar estes aspectos. Assim caminha a tecnologia.
O celulares cresceram, amadureceram, receberam novas finalidades. Surge então o smartphone. Classes novas de dispositivos nascem, renascem, crescem e desaparecem, seguindo um ciclo de vida, não tão claro, lógico ou previsível. No entanto, é fácil imaginar que os celulares possam estar com os dias contados para a substituição gradual por smartphones. Se o preço não for o grande inimigo, a evolução parece ser um caminho lógico. Assim, como os antigos pagers fazem pouco sentido hoje, perante as possibilidades dos celulares.
O ano passado assistiu ao “fenômeno” dos tablets. Embora a categoria não seja nova, os aparelhos atuais, impulsionados pelo sucesso do iPad, parecem encontrar um lugar ao sol. Há previsões de modelos variados com lançamento previsto para este ano. Revistas e sites que cobriram a feira de tecnologia CES 2011 relataram isto. Com ele, o usuário pode se divertir, ler, jogar, assistir vídeos, navegar e muito mais com toques numa tela que varia, em geral, entre 7 e 9 polegadas aproximadamente. Seria um computador sem teclado e mouse? Não. Trata-se de um produto específico. que, entre outras coisas, possibilita o consumo de mídia. Difícil pensar alguém digitando longos textos num tablet, trabalhando com planilhas, editando imagens, preparando apresentações. Ele pode até conseguir fazer isto, mas não é o ideal. Logicamente que dispositivos “complementares”, como suporte, teclado e cia, podem ser vendidos, mas não é o princípio básico. Assim, como o netbook seria “indigesto” para editar vídeos e tratar foto com softwares poderosos. O sistema e o hardware podem até permitir usos variados dos tablets, mas a usabilidade e a ergonomia pedem cuidados.
Estes dispositivos podem ser empregados para a Educação? Sim. Esta questão, no entanto, fica para outro texto, já que este já ficou extenso para um post de blog.